quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Banda d'Além

Homenagear a cidade de Niterói, no mês de seu aniversário, foi a proposta inicial do SESC de Niterói para esta exposição. A homenagem se retorce e converte em experimentação, vivência e degustação dessa cidade através do olhar de oito artistas contemporâneos. Essas ações – que bem poderiam ser ações cotidianas –, quando estimuladas por uma proposta visual, podem vir a revelar lugares ou situações que, por já fazerem parte de nosso ambiente rotineiro, muitas vezes passam despercebidos mesmo por um olhar atento ou uma percepção mais apurada.

O argumento curatorial foi pensar a cidade de Niterói em sua condição atual de espaço urbano e cultural, a fim de perceber como esse contexto reverbera diretamente nas práticas sociais, seja de alguém que se relaciona cotidianamente com a cidade ou de um artista que acaba de conhecê-la.
Aos artistas foi sugerido refletir acerca de três trilhas conceituais e investigativas norteadoras da mostra, que apesar de distintas podem e devem saudavelmente mesclar-se entre si. Abordagens questionadoras da relação entre individuo, espaço e lugar.

A proposta foi incitar uma nova maneira de olhar a paisagem ou o que compreendemos como paisagem, e proporcionar encontros com lugares e detalhes da rede urbanística de uma cidade sedutora por seus recantos e encantos naturais, além de apresentar exemplos da arquitetura colonial e moderna. Como em uma expedição, o desafio foi explorar esse município conhecido como “cidade-sorriso” e que, conta a História, foi desejado e fundado pelo cacique tupi Araribóia; serviu de ponto estratégico de defesa da Baía de Guanabara; abrigou a capital do antigo estado do Rio de Janeiro; protagonizou uma das maiores construções rumo à rápida modernização nacional (a Ponte Rio-Niterói) e hoje vive crescente conscientização ecológica que leva à preservação de suas belas praias e reservas de Mata Atlântica e a projetos pioneiros ligados à coleta seletiva de lixo.

Observando por outro viés, esses privilégios naturais são, em sua maioria, ameaçados por um deficiente planejamento urbanístico, que acarreta ocupações irregulares e o processo de favelização das encostas da cidade. Conseqüência de sua ótima localização geográfica – vizinha à cidade do Rio de Janeiro – e de todo o marketing político feito a partir do estandarte de “cidade qualidade de vida”, Niterói vive um crescimento populacional carente de infra-estrutura básica e forte especulação imobiliária. A possibilidade de apontar o perfil contraditório da cidade e exercer criticamente a posição de ser artista em um contexto social e cultural como esse também foram traduzidos poeticamente em algumas das obras reunidas nesta exposição.

Por fim, ajusta-se o foco nas práticas relacionais da urbe, no indivíduo e sua situação presente, lançando um olhar aguçado para essa sociedade com cerca de 474 mil habitantes, que se caracteriza, todavia, por conexões de proximidade próprias de círculos familiares e de amizade. A idéia aqui foi vivenciar contextos específicos, percebendo sua dinâmica e como esse espaço social é estruturado por conflitos espontâneos.

Esta mostra, que conta com os artistas Analu Cunha, Cristina Ribas, Daniel Murgel, Gustavo Duarte, Hugo Richard, Pontogor, Tomas Reyes e Vicente de Mello, é o inicio de uma parceria com o SESC de Niterói que viabilizará em 2009 uma série de exposições, palestras e interferências na cidade. O projeto visa incentivar o uso do espaço urbano como laboratório artístico e de idéias, instigando um pensamento crítico, político e ativo sobre a cidade, seus atores e conjunções estruturalmente instáveis que atraem e repelem simultaneamente e na mesma intensidade.

Beatriz Lemos - Curadora

ARTISTAS

Analu Cunha

João, a cruz e o horizonte, 2008

João, a cruz e o horizonte é um vídeo de observação: a artista contempla a paisagem e o espectador observa os ângulos definidos por ela.
Duas fortalezas se comunicam visualmente através da Baía de Guanabara. Com o objetivo de proteger um território e atentar para quem se aproxima, os fortes militares de São João e Santa Cruz da Barra carregam hoje em seus canhões e prisões apenas a História. Edificadas em pontos estratégicos que permitem perfeita visão panorâmica da entrada da Baía e localizadas, propositalmente, uma em frente à outra, as fortalezas – das cidades do Rio e de Niterói – foram eleitas por Analu Cunha como pontos de observação para apreender a intimidade dessa paisagem.
Uma espreita a outra, na tentativa de reconhecer seu próprio exemplo através do óculo. Na obra contemplamos a paisagem como se a estivéssemos vendo por meio das frestas para entrada de ar e de luz – elemento comum em navios ou habitações antigas –, que também servem para o posicionamento de canhões. Esse olhar espião, traduzido pela posição da câmera à deriva, contrasta com a objetividade da busca por algo.
A carga simbólica dos fortes e a apresentação das imagens escolhidas pela artista fazem do vídeo de Analu uma síntese da relação entre essas duas cidades, que se miram constantemente. Neste trabalho, o contínuo, que surge do encontro dos dois horizontes, se torna o alvo a ser atingido.

Cristina Ribas

Dois Mares, 2008

Quantificar o processo artístico é o que a artista Cristina Ribas pretende realizar através de sua intervenção no fluxo de trabalho informal. Sua obra propõe uma equivalência de trabalho e remuneração entre uma artista e mulheres que se ocupam da distribuição de folhetos publicitários no centro das cidades do Rio e de Niterói. Cálculos matemáticos de horas de serviço prestado, custo de cada diária de trabalho e pró-labore artístico para esta exposição ditam a quantidade de travessias entre as duas cidades que Cristina deverá fazer.
A ação consistiu na troca de folhetos comuns por folhetos carimbados no verso, no decorrer do percurso do centro do Rio ao centro de Niterói. A artista, que vem recolhendo este material há cerca de dois anos, quer infiltrar seu universo poético no labor rotineiro e mecânico dessas mulheres que se tornam invisíveis no caos urbano. Com o desejo (utópico) de livrá-las (mais cedo) dessa função, sua proposta torna-se uma metáfora da possibilidade do artista como trabalhador ativo em uma sociedade.
Como remunerar o processo artístico? Quanto vale o tempo do artista e sua produção imaterial? Estas são questões que a artista deseja levantar através de práticas relacionais com essas personagens urbanas que encenam diariamente proximidade física e distância social.
Dois mares baseia-se em trocas e trânsitos entre pessoas que se situam entre o anonimato e uma multiplicidade de papéis em diferentes círculos, momentos e situações. Atenta a tais atividades singulares e plurais e procurando ler a cidade no tempo-espaço dessas mulheres, a artista busca atingir, por indução, significados mais abrangentes entre\dessas duas cidades.

Daniel Murgel

Casa Convencional, 2008

Os desenhos de Daniel Murgel provocam o público a encontrar, em um jogo irônico de reflexão, suas prisões individuais, sociais ou culturais. Gaiolas remodeladas como casas evidenciam o processo de pesquisa do artista, que tem como ponto forte de sua produção a busca pela tridimensionalidade do desenho.
Daniel constrói situações e objetos imaginados a partir da exploração do desenho. Todos em aquarela e em cores variadas e vibrantes, os esboços – que depois se tornam a própria obra – remetem a algo do universo dos livros de contos infantis, onde as imagens, quando acompanhadas de histórias e um pouco de imaginação, se tornam vivas e fantásticas. Essa atmosfera lúdica e poética, Daniel proporciona quando realiza uma instalação ou uma escultura, que sempre são acompanhadas de suas representações no papel.
Para esta mostra, ele apresenta seu modelo de “casa convencional”, espécie de habitação de classe média para pássaros. A escultura se encontra em uma das árvores do espaço externo do Sesc Niterói, o que possibilita a visita dos mais interessados. O artista os convida a entrar na habitação onde o piso está coberto de terra, alpiste e outros grãos. Alimento para os que decidirem entrar ou novas vidas que podem germinar.
Casa convencional dialoga com questões sociais típicas dessa cidade, como a especulação imobiliária que cada vez mais reduz os espaços de moradia e convivência em sociedade. Contudo, a obra nos remete a algo além desse contexto específico ao atentar para situações em que nos encontramos como pássaros em gaiolas, observando o mundo ao redor, impossibilitados de nos acercar ou até mesmo de sair. Situações que protagonizamos em distintos momentos, fases ou contextos de nossas vidas. Neste trabalho – que provavelmente deve se desmembrar em uma série – Daniel investiga a contradição entre ausência e presença, as escolhas individuais (afinal, os pássaros vão entrar ou não vão entrar?) e as conseqüências de nossas escolhas.
Então, em que gaiola você se imagina?

Gustavo Duarte

Trabalho feito, 2008

Trabalho feito é um “vídeo-despacho”, como bem define o artista. Como uma oferenda à cidade que é berço da umbanda – única religião tipicamente brasileira e que está ligada aos ritos afro-indígenas –, o vídeo, aqui exposto conjuntamente com uma fotografia, sintetiza a relação de um artista com este lugar que, ao mesmo tempo em que é porto seguro, o direciona a buscar constantemente outros caminhos e respostas. A condição de ser artista em Niterói é algo intrinsecamente relacionado a um movimento rotineiro de ir e vir, sair e entrar na cidade em direção ao Rio de Janeiro, seja por trabalho, estudo ou em busca do alimento poético e visual de uma metrópole.
A precariedade das imagens em parceria com um áudio sedutor é um convite a degustar esta cidade que se destaca pela relação próxima de seus habitantes com o mar e a natureza, além de toda a carga histórica de possuir como símbolo um índio fundador – referências visíveis na obra de Gustavo.
Uma verdadeira ode a Iemanjá e às águas escondidas.

Hugo Richard

Relíquias, 2008

Hugo Richard pinta memórias. Coletivas ou individuais, suas lembranças são adquiridas em livros, vivências e na prática da observação. Além de suas telas, o artista registra sua busca por apreender o afeto das coisas, pessoas e lugares em objetos do uso cotidiano, como tacos de piso de madeira ou pratos de cerâmica, suportes nutridos de identidades e relatos.
Em Relíquias Hugo transporta para a louça a história dessa cidade desde sua formação até os dias atuais – este período representado pela presença e pelo olhar do artista. Essa série de pinturas tem como foco o período da França-Antártica, quando toda a região da Guanabara se encontrava sob domínio francês e que (no desenrolar dos fatos) resultou na fundação de algumas cidades localizadas ao redor da Baía.
Reproduzindo mapas, brasões e personagens históricos, Hugo investiga relações próprias desse passado longínquo, como o jogo ambíguo de interesses entre portugueses, franceses e as tribos indígenas Tupi-Guarani e Tamoio.
A união entre a delicadeza da porcelana – pratos obtidos em uma longa peregrinação a antiquários – e a pintura minuciosa do artista faz desse trabalho a imagem fiel da memória, que mesmo sendo nosso único vínculo com o passado se sustenta em sua fragilidade, podendo facilmente quebrar-se e desaparecer.

Pontogor

Palco\Praça, 2008

No centro da galeria, Pontogor convida o público a sentar e permitir-se relaxar, como em uma praça. Sentir o tempo de uma cidade que o artista só conhece de passagem. A relação de Pontogor com Niterói é através de janelas de ônibus, paisagens que se transformam em imagens, como em uma tela de TV. Seu trabalho – um palco cilíndrico de madeira com uma televisão que exibe um vídeo – deseja capturar o ritmo que o artista idealiza sobre a cidade: "Desenvolvo um trabalho lento, pois para mim Niterói tem um tempo próprio."
Sua percepção acerca desse espaço-tempo é capturada através de impressões pessoais sobre os moradores de Niterói. Uma sociedade que anuncia um estilo de vida de grande cidade ao mesmo tempo em que prioriza momentos de tranqüilidade e intimidade típicos de uma pequena cidade. Esse modus vivendi particular aguça a atenção do artista que possui como bagagem cultural a vida na zona norte do Rio de Janeiro, área caracterizada por uma infinita informação visual e sonora que coexiste com um ritmo social acelerado,e onde poucos se permitem ao lazer.
A praça (ou ilha) imaginada de Pontogor para esta exposição sintetiza a fusão entre a linguagem do artista e seu entendimento de lugar, especificidade e práticas relacionais situacionais que, por sua vez, são reflexos de como uma sociedade é possível como algo continuamente constituído e dissolvido por indivíduos que interagem. Com Palco/Praça, Pontogor consegue tocar em alguns temas centrais da experiência urbana como o trânsito, o estrangeiro e a conversa.

Tomas Reyes

Non Stop Niterói, 2008

Doze círculos formando um círculo maior. Fotografias da praia de Itaipu, mais precisamente da primeira visita do artista ao sambaqui de Itaipu – monte de areia e conchas com depósitos orgânicos pré-históricos.
Em julho de 2008, Tomas Reyes retorna, depois de dois anos, para uma curta estadia no Brasil, vindo de um período de muitas viagens entre Colômbia, Estados Unidos e Japão. Países de culturas díspares e fusos horários opostos, que o artista escolheu para sua moradia, trabalho e estudo. No mesmo período de sua passagem pelo Rio de Janeiro, representantes de uma tribo indígena que viviam no bairro de Camboinhas, em Niterói, têm suas ocas queimadas, forçando-os a deixarem o local (bairro de alto poder aquisitivo da Região Oceânica da cidade).
Essas confluências de situações tornam-se a base do trabalho que Tomas apresenta nesta mostra. Remetendo a um relógio de sol, suas fotografias são a metáfora da passagem do tempo e de como este é relativo, inventado e subestimado pelo homem. No mesmo momento em que estamos sobre fósseis milenares em uma manhã de sol, alguém, em outro lugar do mundo, pode estar se preparando para dormir em uma “gaveta-cama toquiana high-tech” ou passeando em uma tarde chuvosa no Central Park, em Nova York. Sem muito esforço, poderíamos encontrar, até mesmo, pessoas tentando buscar reconhecimento, respeito e dignidade como etnia e indivíduos, há mais de 500 anos.
Nonstop Niterói é um baú de referências subjetivas e universais em que o artista sintetiza a noção de passado, presente e futuro e a converte em um único instante, o de nossa percepção.

Vicente de Mello

Estudo para espelho de Claude, 2008

Imagine o poder de atração que exerce uma bela paisagem. Com o intuito de eternizar essa sensação, uma mesma paisagem foi registrada por pintores e fotógrafos ao longo do tempo. Como se houvesse um ponto ideal para apreender uma paisagem ou uma conexão perceptiva entre os diferentes autores – que perpassou os anos –, a mesma perspectiva é retratada e transformada em imagem.
Em Estudo para espelho de Claude, Vicente de Mello apresenta quatro representações da Ilha de Boa Viagem, desde uma pintura do século 19, passando por postais dos anos 1940 e 1960, até uma fotografia de sua autoria, datada de fins do século 20. Numa referência direta ao dispositivo óptico muito usado por pintores paisagistas nos séculos 18 e 19 para distorcer a imagem real, que se torna algo similar a um desenho – facilitando a realização de uma pintura em termos técnicos –, o artista evidencia essa busca pelo ângulo perfeito da paisagem, como um intento de capturar e absorver seu poder de atração.
Imagine um editor de imagem pré-fotográfico. O espelho de Claude transformava a imagem que estávamos vendo em imagem que deveríamos ver, ou seja: a composição ideal de tons para uma pintura. Em formato côncavo, o objeto foi amplamente utilizado por artistas e viajantes para contemplar, reconfigurar e transcrever uma paisagem. Ao virar as costas para a cena natural, o observador visualiza apenas seu reflexo distorcido e comprimido, o que possibilita enxergá-la em sua totalidade estética pictórica. Estudo para espelho de Claude consegue resgatar o que os pintores paisagistas acreditavam ser possível apenas com o espelho\dispositivo: sugar a nostalgia da paisagem.

BIOGRAFIAS

Analu Cunha

Analu Cunha nasceu em Maceió (AL) em 1964 e, após uma breve passagem pelo Rio Grande do Sul, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. É graduada em Comunicação Visual pela UFRJ, cursou pós-graduação em História da Arte e da Arquitetura no Brasil na PUC-Rio e é mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas-Artes da UFRJ.
Estudou gravura em metal com Anna Letycia Quadros, xilogravura com Rubem Grilo – ambos no Museu do Ingá, em Niterói (RJ) – e pintura com Aloísio Carvão no MAM-RJ. Atuou no grupo de estudos e produção de palestras Visorama, ao lado de Ricardo Basbaum, Rosângela Rennó, Eduardo Coimbra, Brigida Baltar, Carla Guagliardi e João Modé, entre outros.
Participa de exposições individuais e coletivas desde 1982, em diversas cidades brasileiras e no exterior.


Página da artista: http://analucunha.blogspot.com/2008_05_01_archive.html

Cristina Ribas

Cristina Ribas nasceu no Rio Grande do Sul, em 1980. Atualmente vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Mestre em Artes Visuais pela UERJ (2008), graduou-se em Artes Plásticas, na UFRGS, em Porto Alegre (2004). Desenvolve junto com A Arquivista a pesquisa militante Arquivo de Emergência: Documentação de Eventos de Ruptura. Faz parte do Grupo Laranjas (coletivo situacional formado em 2001, em Porto Alegre). Concebeu o projeto Interações Florestais – Residência Artística Terra UNA com outros artistas. Trabalhou com movimentos sociais e ambientais diretamente na organização de Fóruns Sociais Mundiais entre 2000 e 2005. Na área das artes, recebeu prêmios das instituições Chave Mestra (Rio, 2006), Fundarpe (Recife, 2005) e Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, 2003). Integra e realiza exposições individuais e coletivas, e participa de mostras de vídeo e cinema desde 2001. Escreve regularmente sobre arte contemporânea brasileira.

Daniel Murgel

Daniel Murgel, nascido em Niterói em 1981, hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bacharelando em Artes Plásticas pela Escola de Belas-Artes da UFRJ, cursou Arte e Filosofia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, com Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger.
Inicia sua produção no ano de 2004, atuando em coletivos de artistas – Grupo Pi e Opavivará – e participando de eventos e performances. Nesses quatro anos, tem participado com freqüência de exposições coletivas e salões de arte em diferentes estados do país, com destaque para o 58º Salão de Abril, no Museu de Arte da Universidade do Ceará, em Fortaleza (prêmio bolsa pesquisa), Trajetórias 2008, na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife (PE), e Arte contemporânea brasileira – 18 propostas, na Galeria Murilo Castro, em Belo Horizonte (MG).
Daniel realizou sua primeira exposição individual em 2007, na galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro. Em 2008, participou das coletivas Desenho em todos os sentidos, no SESC Petrópolis (RJ) e Verbo 2008, na Galeria Vermelho, em São Paulo.


Página do artista
http://dmurgel.blogspot.com/

Gustavo Duarte

Gustavo Duarte nasceu em Niterói em 1970 e sempre viveu e trabalhou na cidade. Graduado em Comunicação Visual pela Faculdade da Cidade, no Rio, estudou teoria da arte contemporânea com o professor Ricardo Maurício; técnicas de impressão gráfica na Parsons School of Design de Nova York e estética industrial do século XX, na Escola Superior de Design Industrial (Esdi), no Rio. Atualmente cursa a licenciatura em Artes Plásticas na Universidade Salgado de Oliveira.
É idealizador da Ima Metzaltzelin - Banda de Música Experimental Eletrônica e durante nove anos foi sócio e diretor de arte da produtora Plus Ultra – Design, Cinema e Vídeo, sediada em Niterói.
Participa desde 1997 de exposições e mostras de vídeo individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus últimos trabalhos foram apresentados na coletiva Associados, no Espaço Orlândia, no Rio de Janeiro, e na exposição individual PVC, no Museu de Arte de Ribeirão Preto (SP), ambas em 2007. Neste ano de 2008, participou da exposição Da natureza contemporânea, com curadoria de Rafael Maldonado, como parte do Festival de Inverno de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Hugo Richard

Hugo Richard nasceu em Miracema, interior do estado do Rio de Janeiro, em 1977. Há 20 anos vive e trabalha em Niterói. Graduado em Pintura na Escola de Belas-Artes da UFRJ, freqüentou o Curso de Arte e Filosofia de Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiaralle, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, e o curso de fotografia, na Sociedade Fluminense de Fotografia. Trabalhou como arte-educador em diversas exposições e eventos do Museu de Arte Contemporânea de Niterói. É um dos quatro artistas responsáveis pelo ateliê coletivo e espaço cultural Barracão Maravilha Arte Contemporânea, na Lapa, Rio de Janeiro.

Pontogor

Pontogor, carioca, nasceu em 1981. Cursou Pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ e freqüentou cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Recebeu o prêmio Prodem na Bienal Internacional Siart de 2007, em La Paz, na Bolívia, com a videoperformance Pianos. Há três anos vem se dedicando às linguagens do vídeo e da performance.
Neste ano de 2008 participou do programa de residências 4Territórios, em Brasília, e das exposições coletivas Abre-alas, no Largo das Artes (Rio); Diminuir as distâncias, na Galeria de Arte Casarão, em Viana, (ES), Performance presente futuro, no Oi Futuro (Rio), e Zoation painting: La pintura de broma, no Museo Nacional de Arte de La Paz.

Tomas Reyes

Tomas Reyes nasceu em Cali, Colômbia, em 1976, cresceu entre as cidades de Bogotá, Cali e Paris, e hoje vive entre Nova York e Bogotá. Mestre em Artes Visuais pela Nihon University de Tóquio, Japão, tem se dedicado à investigação nas fronteiras entre arte contemporânea e fotografia documental. Neste ano de 2008, trabalhou como designer do NY Photo Festival e participou da exposição Destierro & reparación, em Medelin, e na ArtBo (Feira Internacional de Arte de Bogotá), ambas na Colômbia.
Desde 2001 participa de exposições coletivas em diversos países, recebendo prêmios e menções em fotografia e vídeo. Desenvolveu em 2007 o projeto Non stop: um diário de movimento e cativeiro, composto de registros fotográficos da Colômbia, Tóquio e Nepal, com o qual se apresentou em uma palestra no Rio de Janeiro.
Atualmente se dedica a projetos de exposições no Brasil, Colômbia e Estados Unidos.


Página do artista
http://www.digitalrailroad.net/tomasreyes/Default.aspx

Vicente de Mello

Vicente de Mello é natural de São Paulo (1967), foi criado em Niterói e vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formado em Publicidade e especializado em História da Arte e Arquitetura no Brasil, pela PUC-Rio, trabalhou, na década de 80, no Instituto Nacional de Fotografia e no Departamento de Fotografia do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Foi responsável pelo setor de documentação fotográfica do acervo das exposições do MAM-RJ entre 1993 e 1998. Fotografa arte para museus, artistas e editoras há dezoito anos.
Seu trabalho de pesquisa fotográfica foi reunido nas séries: Topografia imaginária (1994-1997), Moiré (1995), Noite americana (1998-2006), Bestiário (1997), Vermelhos telúricos (2001) e Galácticas (2006). Recentemente realizou sua primeira incursão na fotografia digital com a série Quantas ASAS tem um pixel?
Em 2006 edita o livro Áspera imagem, que reúne trabalhos e textos críticos sobre sua obra e acompanha a exposição Moiré.Galáctica.Bestiário, apresentada no Oi Futuro (Rio de Janeiro), na Maison Européenne de la Photographie (Paris) e na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Com essa mesma mostra ganha o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor exposição de fotografia do ano de 2007.


Página do artista: http://www.vicentedemello.com/

Beatriz Lemos

Beatriz Lemos é natural do Rio de Janeiro, de 1981. Foi criada em Niterói e hoje vive e trabalha no Rio. Licenciada em História da Arte pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, vem implementando desde 2006 etapas do Projeto Intercâmbios, tendo realizado visitas a Colômbia, Chile, Argentina, Equador e Bolívia. Entre os anos de 2002 e 2008 trabalhou como assistente na área de pesquisa e curadoria no Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Atualmente se dedica a pesquisa e curadoria independente.
Neste ano de 2008 foi palestrante no evento de arte Fora do Eixo, em Brasília, e realizou a curadoria do Projeto 4Territórios, contemplado com recursos do edital público Conexões Artes Visuais, patrocinado pela Funarte e pela Petrobras.